Um asteroide irá cair na Terra em Outubro? Será mesmo? Vamos detalhar mais um pouco. Recentemente na Internet, várias histórias têm circulado que, entre 15 e 28 de Outubro deste ano, um asteróide ou cometa com 4 quilómetros de largura irá cair no planeta terra, destruindo grande parte das costas do Atlântico e do Golfo do México, causando estragos também na América do Sul e Central. Parece assustador, certo? Saiba mais:
A teoria parece ter tido origem num homem de nome Efrain Rodriguez, que “enviou uma carta” à NASA em 2010 a avisar sobre o impacto de um asteróide em 2016. Quase ignorado na época, vários blogs e vídeos admitira a profecia agora como um facto.
O problema? Tal asteróide ou cometa não existe. Sabemos isso graças ao programa da NASA Objetos Próximos da Terra (NEO), no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), na Califórnia. Este é capaz de controlar todos os asteróides potencialmente perigosos (PHA) de um tamanho razoável. Sabemos de muitos outros PHAs, alguns que se aproximarão da Terra (mas não vão impactar) nos próximos 100 anos, mas simplesmente não há nenhum objecto significativo prestes a atingir o nosso planeta num futuro próximo, muito menos este mês.
A história tem se tornado viral, tanto que a NASA emitiu um comunicado confirmando que é mentira. “Não há base científica, nem nenhum traço de evidência de que um asteróide ou qualquer outro objecto celeste irá cair sobre a Terra nessas datas”, disse Paul Chodas, gerente do escritório NEO da NASA, num comunicado. “Se houvesse qualquer objecto grande o suficiente para fazer esse tipo de destruição em Outubro, teríamos visto há muito tempo”.
A ameaça de asteróides e cometas é porém muito real. Muitos cientistas têm clamado por um maior sistema de defesa e detecção, para ter certeza de que podemos encontrar e destruir quaisquer asteróides que potencialmente possam causar estragos no planeta. De facto, algumas pequenas pedras, como o meteoro Chelyabinsk que caiu na Rússia em Fevereiro de 2013, conseguem escapar ao radar. Mas algo com 4 quilómetros de largura é simplesmente grande demais para não ser visto, e não há nada no futuro imediato que represente uma ameaça. A NASA considera a sua expectativa de um asteróide considerável atingir a Terra nos próximos 100 anos em apenas 0,01%.